Uff...

A 1ª parte desta semana já está. Falta o resto. Quanto à entrevista de ontem, que vos falei, foi mais uma fantochada. Desta vez quiseram que eu conhecesse alguém acima das 2 pessoas que me tinham feito a 1ª entrevista há umas semanas atrás. Ora, essa pessoa, que não percebi quem é na empresa, porque só se apresentou com o nome, é uma senhora de 50 anos, magrinha, enfiada, e que fala com o volume no mínimo e muito devagar. Tem sérias dificuldades de comunicação e muita falta de dinamismo na condução de uma entrevista pessoal de trabalho. Graças ao senhor, não adormeci porque tentei manter a minha mente ocupada a estudar pequenos pormenores na cara cinzenta e muito pouco feliz da senhora. Claro que, ainda que tenha levado com ela mais de 1h, se me cruzar com a dita na rua não a reconheço de tão vulgar que a sua presença consegue ser. Se calhar o problema é meu... Quanto a resultados, esperemos então. Hoje, lá compareci pela manhã nos Juízos Criminais de Lisboa, mas o mais perto que estive da função de advogada foi sentar-me na sala com eles (estagiários entenda-se!) à espera de chamadas das salas de audiência a dar conta de alguma necessidade de última hora. Ora, o único chamamento que tomei como para mim foi infrutífero porque o advogado que eu ía substituir apareceu no último momento e eu lá me resumi ao banco dos fundos. Mas a bem dizer, aprendi bastante hoje, sobretudo coisas como, antes de falar deve-se cumprimentar o tribunal, de forma que nem Eça de Queirós reconheceria, que o papel do advogado de escala é estar, não é fazer, e que se os pobres dos arguidos estiverem a contar connosco, coitados, vão todos de saco! Temos 10 min para consultar um processo que nos é apresentado no momento, e temos de interrogar testemunhas, fazer alegações, e tudo o que o julgamento necessitar com base em desconhecimento total do processo. É ridículo. Mas pronto. Antes isso do que adiar audiências constantemente por falta de defensores presentes. Como podem imaginar estou deveras cansadita hoje devido ao stress de acorrer a tudo ao mesmo tempo, mas a partir de amanhã a coisa acalma outra vez... Espero!