terça-feira, outubro 31

Farta de empates

Porque será que me sinto tão infeliz aqui? É um misto de inércia com um «deixa estar» que me incomoda. Não sei porquê. Não é assim tão mau mas o que é facto é que não tem nada que me prenda. Hoje este sentimento está ao rubro. Consequência do meu dia de ontem. Passado no Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, como observadora, e também co-defensora adjunta do meu T. Coitado. Estava verdadeiramente um caco. E eu lá estive, a fazer o meu papel, a animá-lo e tentar abrir-lhe caminho para todas as questões. Mais que isso ainda não sei. Nem sei porque comigo as coisas são tão complicadas. Podia estar a trabalhar no que gosto. Porque de cada vez que me aproximo mais um bocadinho sinto que noutros locais sou peixe fora de água. Não me encaixo. Não quero estar. Quero ser. E para ser é preciso motivação, ver crescer, ver resultados. Ganhar, perder. Farta de empates. A minha vida é feita de pequenas conquistas mas também muitos recuos. Prova disso é o que vivo hoje. Os que podiam ajudar, não estão. Triste. Os que não podem estão incondicionalmente. Que bom! Amo-te por isso. E por muito mais. Mas que fazer, pelo menos como ele diz: «nós não temos problemas!», como outros...

sexta-feira, outubro 27

«Governo vai alargar prazos da prisão preventiva até metade da pena efectiva»

Pois por mim tudo bem. Resta saber três coisas:
- 1ª: A prisão preventiva tem três funções, a saber: evitar a fuga do arguido (se for REAL essa hipótese), evitar a destruição de provas por este, evitar que cometa mais crimes (no caso de crimes violentos onde haja a REAL probabilidade de isso voltar a acontecer).
- 2ª: Trata-se de prisão preventiva, não de prisão efectiva, ou seja, nesta altura a justiça TEM DE presumir que o arguido é inocente até prova em contrário.
- 3ª: Se à terceira, isto é, se o Supremo Tribunal de Justiça vier a dizer que o arguido é inocente, e depois deste por hipótese ter cumprido 8/10 anos de prisão preventiva, que fazer? Acham que o indivíduo não vai pedir uma indemnização ao Estado pela óbvia violação dos seus direitos fundamentais? A família que deixou de sustentar, a carreira profissional que deixou de fazer, etc, etc, etc. Quem a paga? Nós! Qual o valor de 10 anos de vida?
Para mim estas são as permissas de partida. Para o Governo parece ser o "não consegues vencê-lo, junta-te a ele". Porquê? Porque três anos de prisão preventiva para alguém que se presume inocente são mais de 1000 dias atrás das grades, uma vida desfeita, e a séria probabilidade de ter transformado um actual inocente num futuro culpado, logo não é este prazo que tem de ser alargado. Isso é remediar (mal) o que está torto. Interessa sim arranjar mecanismos de simplificação do procedimento civil e criminal para garantir que em três anos as 3 instâncias (quando a 3ª é possível) emitiram o seu juízo. Interessa sim garantir que se cumpre a Constituição (aquele livrinho que os Srs. fizeram em ´76, depois de se conseguir a democracia), que afirma a liberdade e a presunção de inocência até prova em contrário. Interessa sim fazer a justiça funcionar e garantir aos cidadãos que, inocentes ou culpados, têm um veredicto em tempo útil. Foi para isto que surgiu o Direito, se não resolvíamos tudo pela discussão e pela lei do mais forte.

Sol!


Sol e sexta-feira.

Que vos parece?

quinta-feira, outubro 26

Será que o Além me ouve?


Na sequência ou não do post anterior, consequência ou não das minhas críticas exacerbadas, escritas e pensadas, a este sítio, o Sr Gestor (que vocês não conhecem mas é um ser infinitamente sabedor e poderoso, que nos assola a todos com momentos dignos dos Monty Pitons e por isso digamos todos «obrigado!») quer, porque quer, que eu trabalhe e lá está, rodou-me para outra «secção»: a secção dos homens. A minha satisfação é grande, não é por nada, mas estava a ficar tipo estalactite, sem qualquer movimento intelectual de grande monta durante dias, mas irei exercer funções que até então nunca foram desenvolvidas, isto é, terei de me desenrascar sozinha. Ora, e porque de dinheiro se trata, parece-me que tenho de ter algum cuidado com o que vou fazer, mas enfim, se o Senhor Engenheiro acredita em mim, acreditemos todos então. E já agora, deixemos aqui um agradecimento especial a todos que contribuiram para que este filme fosse possível, blá, blá, blá...

terça-feira, outubro 24

Administração Pública: um mundo de oportunidades

Eu andava a evitar. Juro que sim. Não queria que as minhas frustrações laborais viessem ao caso, mas... há coisas e coisas! Como são capazes de já ter reparado estou há uns meses metida com eles: os funcionários públicos. Ora, até aqui, não vai o gato às filhozes. Poder-se-ía dizer até que, para quem a exploração no privado é uma triste recordação, estaria agora em águas calmas. Pois, tipo circuito normal da vida: pronto, tem o canudo e cá está job for the girls! Pois é, mas eu não me habituo a isto. Não consigo! É mais forte que eu. Dir-me-ão, «Ah, e tal, porque ela é masoquista!» Se calhar sou. Que fazer? Tenho saudades de trabalhar. Tenho saudades de vibrar com um projecto que interessa à equipa como um todo. Não isto. Isto é nada. Vou passar a explicar: 13 licenciados, 30 e tal anos, agarrados à esperança de aqui ficar por saberem que nada mais terão que se assemelhe (ou talvez não), 4 licenciados estagiários, uns querem ficar, outros pelam-se para sair, todos sem nada que fazer (éramos 5, mas 1 já partiu, sortuda!), um gestor autista e com a mania que é político, uma chefe de projecto que não sendo autista tem dificuldade em saber mais do que o que se passa na sua mini sala de chuto, não porque os outros não deixem, ela simplesmente não quer, não pensa serem essas as suas funções, ou talvez não (?), dinheiro da UE e do OE, e toca a mexer uns papéis, dinheiro todos os meses, job for the boys. Todos (excepto os estagiários, que seguiram a lei para cá estar) cá estão por cunha, melhor, por conhecerem alguém que conhece alguém e que com jeitinho lhes arranjou isto, «sem promessas!» desculpam-se uns, «Uff! Contas pagas!» dirão outros. Atenção, não pensem os senhores que tenho repúdio pela classe! Tenho até muita simpatia! Pelo menos por membros concretos dela. Que me desculpem os outros, claro. Não alinho em corporativismos. Pronto, já disse! Façam o que quiserem. À excepção de todos aqueles que possam fazer a excepção (é de propósito, não me estou a repetir Óh Zé Branco!), a regra é a de que quanto mais cúmplice melhor. Ainda que quem se lixe seja o mexilhão. Pois eu não tenho «amigos». E agora, emigro?

Notita: Que me desculpem aqueles que merecem o meu respeito (e são vários) por não os distinguir, mas trata-se de uma crónica de costumes e não de um conto de fadas.

segunda-feira, outubro 23

República das bananas (mas das importadas, que as nacionais pagam)

«Finanças perdoam IRS e IRC ao sector bancário» - título de uma notícia no Publico.pt

E adiante se explica, já que o leitor podia não ter percebido bem a dimensão da tragédia dos pobres investidores e dos seus amiguinhos banqueiros: «O fisco perdoou ao sector bancário o IRS e o IRC que deveria ter sido entregue pela retenção na fonte de juros pagos a investidores em obrigações emitidas por sucursais no exterior...»

E os meus 20% nos recibinhos verdes que quando em vez consigo fazer, o fisco também vai perdoar em 2007?

Só tenho uma coisa a dizer: P... que os pariu!

domingo, outubro 22

Domingo de chuva

Após várias tentativas para remover quilos de pêlos das minhas camisolas de lã que estão enfiadas no roupeiro e que servem de cama às M&M quando eu estou distraída, eis que finalmente vou usufruir do meu sofá tal como planeado. Devo dizer-vos que nada me soa melhor que consumir filmes de domingo à tarde, estiraçada no sofá, com um dia como este. Vou-me. Boas sestas para todos.

sexta-feira, outubro 20

Mestrado


Tenho a dizer-vos, caros leitores interactivos, que fui admitida a cursar o mestrado em Ciências Jurídico-Comunitárias, que é como quem diz, Direito da União Europeia. Só começa a 20 de Novembro e já estou em pulgas. É tão bom estudar. Mummm...

quinta-feira, outubro 19


Uma foca encontra uma abertura no gelo do Árctico,

na ilha de Svalbard, a Norte da Noruega.








Esta imagem valeu o segundo prémio ao fotógrafo Baard Ness na categoria Retratos de Animais da competição Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, instituído pelo Museu Nacional de História britânico.

Be positive

MIRÓ, "Nude with Mirror", 1919

Looking myself and seeing the contradiction that only a 21st century growing up woman can see: the hopeless and the kindest of the thirty years old coming to me as fast that I just can’t stop with my both hands. Well, life is fast. Life seems to be fast. And we have two options: to see and learn to grow and find the happiness of a simply kiss, or to be miserably with our destiny, if it really exists. BE POSITIVE. It’s my message in a raining day.

Desculpem lá a língua, mas apeteceu-me!

quarta-feira, outubro 18

A crise acabou!

Recebi isto por mail e faz todo o sentido agora que, diz o Ministro, a crise acabou!

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade derecém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial detecnologia de transformadores.Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros). Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo. E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana). É este o País em que também vivemos.É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc. Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia. Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?

Nicolau Santos,
Director adjunto do Jornal Expresso
In Revista Exportar

Então porque raio eu não consigo colocar-me no mercado de trabalho?? Então porque raio o meu poder de compra é hoje muito inferior ao que tinha em 1999? Então porque raio a idade impede que uma pessoa válida com 55 anos arranje uma ocupação, seja ela atrás de um balcão, tratar de crianças, ou ajudar velhinhas, por exemplo? Dêem-me a chave deste mistério e eu vou a Fátima... de joelhos!



terça-feira, outubro 17

Aviso

Caríssimos navegantes, o Filme da Treta revelou-se ser a Treta do Filme. Não tem argumento e os diálogos não funcionam no grande ecrã. Desaconselho.

segunda-feira, outubro 16

Chuva!


Pois é. O Inverno está a chegar, de mansinho, é verdade, mas está a chegar... E começa a apetecer o casaco e as botas, e começa a custar acordar de noite e saltar da cama. Mas faz falta ao meu cérebro as estações do ano. Apesar de sofrer horrores com o frio, os dias chuvosos fazem-me falta. Venha ela então, a chuva! Desde que não se faça acompanhar de temperaturas negativas (oh quase!) tudo bem, cá estamos para a receber.

sexta-feira, outubro 13

Sonhos

As minhas duas últimas noites têm sido incrivelmente turbulentas. Sonho com as emoções que tento recalcar durante os dias que se seguem, impiedosos. Durante o sono nada há a fazer: elas libertam-se sem dó nem piedade. Hoje sonhei com o meu pai e a minha irmã, que estava com eles, não como dantes, mas com rancor, e que tudo o que queria dizer saía boca fora como se filtros não houvessem para aquilo que queremos mas não dizemos. Ele chorou. Muito. E isso só me dava mais força para o enterrar no seu sofrimento como se de um acto de vingança se tratasse. E ao invés de me aliviar, a manhã trouxe-me pesados sentimentos de mágoa e até de culpa. Eu errei ao sentir raiva? Eu erro ao sentir que nada fiz para merecer o irremediável afastamento? Deveria ignorar tudo o que vai contra os valores que ele próprio me transmitiu? Não, com a razão nego aceitar os seus actos ainda que o coração chore. Hoje estou assim. Saudosa. Mas ontem não foi melhor, só diferente. É que na noite anterior o sonho vagueou para lá da imaginação, foi até à nossa Inês, como se de um facto se tratasse, e não de puro futurismo. Sonhei que a tinha, nos meus braços, e que o pai dela me dava mimos, a mim e a ela, como os seus mais preciosos tesouros. Obrigada amor. Por estares, seres e sentires.

terça-feira, outubro 10

Oh meus amigoszzz....


Cortesia do amigo Pedro em http://fastcamera.blogspot.com/

Terapia


Depois de ter chorado baba e ranho com o enlace final de "Marley & Eu" eis-me pronta para mais um pranto com "As palavras que nunca te direi", livro eternamente adiado mas que finalmente pretendo consumir com a mesma verocidade com que o fiz no anterior. Gosto de livros. Ainda que de forma inconstante e parca. It´s not my fault! E tal como os filmes, quanto mais tristes melhor. Acho que a vida não nos deixa ficar incrivelmente melancólicos e esse é um sentimento que qualquer caranguejo que se preze deve conseguir alimentar de quando em vez, sob pena de não ser ele próprio. Vai daí, pego nestes romances e choro copiosamente! É óptimo.
É um conselho, sobretudo para os que pretendem a insensibilidade como eu: peguem num bom livro de amor e deixem-se levar. A par, peguem no vosso animal de estimação e dêem-lhe os mimos todos de uma semana. Não há terapia melhor. ;)

sexta-feira, outubro 6

O messanger, ou, como diriam outros, o messânger

O messânger é uma óptima companhia. Sobretudo quando falamos de gente enfiada em cubículos de 5 metros quadrados, muitas vezes sem nada que fazer, e com rios de comunicação para dar. Oh, vai daí, o erário público também não fica mais pobre por isso, passo o dia no messânger. E que é tão reconfortante, falar com todos como se estivessem aqui ca´gente.
É quase como um telefone, mas em vez de se carregar nas teclas dos números, carrega-se nas letras.

PS. Desculpem lá mas é que saíu-me... ;)

Já sou cedulizada!

Pois é! Desde 4ª feira que já tenho mais um número único de identificação nacional: o da cédula profissional. Benditas as carteiras com entrada para dezenas de cartões! Benditas as gráficas que produzem tanto cartão e o dinheiro para os produzir.

quinta-feira, outubro 5

Feriado!



Fica aqui o meu contributo para avivar a memória de muitos sobre este dia...e porque os feriados têm sempre um porquê!

A imagem representa uma Alegoria à proclamação da República em 5 de Outubro de 1910 (M.C.)

quarta-feira, outubro 4

Cansada e triste



Mais uma vez os homens da minha família fizeram asneira, mais uma vez as mulheres aguentam o barco. Mas será que será sempre assim? Até quando é que teremos de aturar isto? Estou cansada e triste.

terça-feira, outubro 3

Por quanto é que trabalha?

Mas será que a pergunta «por quanto é que trabalha?» não é das coisas mais difíceis que se podem questionar a alguém que vai a uma entrevista? Por favor. É angustiante! Dizer a mais é sinal de sobre-consideração e muito provavelmente garantia de um misericordioso «tenha um bom dia que depois dizemos qualquer coisa!», dizer por baixo é sinal de que estamos por tudo e queremos qualquer coisa, para além de que podemos estar a deitar dinheiro à rua, por isso, que responder? Lá respondi, o que achei melhor na altura. Vamos aguardar e ver. Para a semana há mais.
O meu marido já é um homem de família... adquiriu o seu primeiro berbequim!


Tá bem que não é um topo de gama, nem sequer é dos melhores, aliás, até se pode dizer que «é dos fraquinhos», mas, fogo, é um avanço imenso na maturidade de qualquer jovem casal. Deixar de dizer «ó pai, empresta-me aí o teu berbequim para pendurar uma coisa este fim-de-semana!» é um grande passo...

segunda-feira, outubro 2

Penso, logo, escrevo!

Para mim escrever a quem passa começou a tornar-se uma necessidade que precisava satisfazer. Há muito que os meus e_mails, pessoais ou até profissionais, são escritos com prazer, nem que seja um «então uma beijoca para ti, amigo X» é algo que faço de forma meticulosa e intensa. Clico nas teclas com vigor e revejo sempre o que escrevo como se de um livro se tratasse. Tenho esta obsessão pela escrita perfeita, sem erros e ireepreensivelmente pontuada. A minha amiga Flor, artista por natureza, contava sempre comigo para, em tempos idos, lhe pontuar e rever os textos com o rigor de um Prof Dr de Língua Portuguesa, após o débito incansável de ideias que ela passava para uma folha de papel (melhor, para uma folha electrónica de word!). Pronto, talvez por herança genética, gosto de escrever. Não que a minha imaginação seja muito fértil, não o é não senhor, mas através de estímulos exteriores lá arranjo o que escrever. Por exemplo, desaconselho vivamente a visualização inteira e plena do filme World Trade Center. Porquê? Porque o filme é uma m...! Simples, não? Nem a mais sensível das moçoilas aguenta tamanha sequência de nada como esta. Nada se passa no filme, nada! É simplesmente mau. Por isso meus caros, não o vejam. É um pedido que vos faço. Só não percebo como é que o protagonista de «Morrer em Las Vegas» (Nicolas Cage) se presta a um papel destes, com tão fraco argumento. Desceste na minha escala de consideração Nicolas! Veremos então se o Voo93 é melhor que isto. Outras coisas que gosto de escrever são os meus sentimentos! Ah! Exclamam vocês! Que original! Não, não é, e depois? Não é para isso que serve a comunicação entre as pessoas? Pois se o meu papel nesta sociedade é o do pilar da estrutura em algum lado tenho de ir desmoronando, não? E vocês se não gostarem, olha, paciência. Também não são obrigados a ler. Mudem de blog!