A vida

Apetece-me escrever ao acaso. Talvez motivada por tudo o que me rodeia. Talvez motivada por aspectos em particular. De pequenas coisas que nos irritam, de grandes coisas que nos consomem. Dos males da civilização. Dos defeitos dos Homens. Todos temos coisas particularmente más no nosso comportamento. Uns a língua afiada (eu!), outros a bisbilhotice, outros a inveja, outros a arrogância, outros a prepotência, outros a ruindade mesmo. Se acreditasse nas patetices católicas, considerar-me-ía uma pecadora a precisar urgentemente de um padre. Tenho vontades de reclamar com tudo e com todos tantas vezes que muitas vezes me cansa o turbilhão mental em que me encontro. Outras vezes, mais anestesiada, apetece-me tão somente rir. Acho a vida uma tremenda trapalhada. Como diria o outro (de outro blog) viver todos os dias cansa! E cansa porque como animais sociais que somos temos necessidade de ajuizar tudo o que se passa. De submeter os acontecimentos ao crivo dos nossos valores. Como se estivéssemos sempre certos e os outros sempre errados. Nonsense. Toda a gente sabe que isso é um tremendo erro. E no entanto, é inevitável! Como se todas as forças do Universo nos levassem ao encontro da terrível má língua! Ahhh! Defeito genético, de género ou de espécie, não sei. Mas digo-vos. Não consigo despir esta farda por mais que tente. Quer dizer, não tento nada! Mas mesmo que tentasse não conseguiria. Como qualquer outro vício.