segunda-feira, fevereiro 26

memórias

É estranho. A sensação de que tudo anda mas alguns ficam parados algures, sem capacidade de dar a volta e recomeçar. Na sexta-feira jantei com antigas colegas de trabalho. Antigas para mim, porque elas continuam colegas. Não que isso por si seja negativo. Eu própria sinto uma eterna saudade de momentos que passámos juntas. Sinto que sou o fruto daquele ambiente, daquela conquista permanente por ser alguém num mundo difícil. Mas há um momento das nossas vidas em que temos de saltar fora. Foi o que fiz. Mesmo que outras razões não existissem, porque teria sempre necessidade de experimentar outras coisas. É um sentimento que sempre me acompanhou. Por isso, apesar de tudo, conquistei o que era possível conquistar, enquanto por lá fiquei. E foram 7 anos. Mas agora não sinto saudades do vício que aquela atmosfera incute. Libertei-me. É mesmo essa a palavra. Libertei-me de uma vida que não me preenchia, porque há muito sabia que não ía ser diferente. Porque não foi para aquilo que nasci. Porque sou mais feliz fora. Apesar do stress diário que é não saber o que vai acontecer amanhã, isso alimenta-nos a capacidade de nos completarmos com as pequenas conquistas. E essas conquistas podem ser tão só ter o gosto de trabalhar por um dia naquilo que estudámos, com sacrifício e paixão.

A vocês, que sei que me lêem, não fiquem, saiam para um mundo cá fora que vos espera, quanto mais não seja porque há outras vias, há cabos a serem contornados, há adamastores a serem vencidos e porque, apesar de provavelmente não terem noção disso, aí não serão felizes porque as mágoas não se apagam e sinto-as em vocês tal como as sentía em mim.

À F., que de todos sempre foi a única a acreditar neste projecto, desejo toda a sorte do mundo, ainda que saiba que muito passará até chegar sequer perto do que merece. Mas é o caminho que a faz feliz. Que o percorra então.

Fica o meu obrigada sentido, pelo que me deram, não só vocês, mas todos os que comigo viveram esses longos anos de maturação para a vida adulta.

sexta-feira, fevereiro 23

piada do dia

«Poder de compra dos portugueses aumentou face aos parceiros comunitários»

in Público.pt

Vá lá, agora a sério... Como é que termina a piada?

reencontro


Hoje vou jantar com ex-colegas da minha vida anterior.

Estou muito feliz!


quinta-feira, fevereiro 22

Bom, mesmo muito bom!

Nótícia do Público.pt:

A Refer contratou um consultor com um ordenado de 6000 euros mensais que já tinha sido seu quadro técnico.
Joaquim Barbosa, engenheiro da área de sinalização da empresa, rescindiu o contrato em 2004 numa altura em que o seu ordenado rondava os 5000 euros e recebeu uma indemnização de 120 mil euros. Mas em finais desse ano, pouco depois de Luís Pardal ter sido nomeado presidente da empresa, é contratado como consultor para assessorear o conselho de administração por cerca de 6000 euros/mês.

Não sei o que me deixa mais feliz: o facto de o senhor ter subido o seu ordenado em 1000€ em meses num mesmo grupo económico e com as mesmas funções se foi ter recebido mais dinheiro do que vale a minha casa para deixar de ser um quadro da empresa para passar a um pobre recibo-verde!
Ainda falam em corrupção. Deviam era ver estes exemplos de amor à camisola!

24 horas do ser humano


give me five AJJ!

AJJ, que é como quem diz Alberto João Jardim, diz em entrevista aos media:

«Eu gostava que o povo da Madeira me desse razão nisto tudo. Mas também se não der, não me sucede nada de mal, vou para férias mais cedo»

Mas será possível tamanho desplante? Férias?!?

herdeiro ao trono

Notícia do Sol:

O Príncipe Henrique de Gales (Harry), terceiro na linha de sucessão no trono do Reino Unido, vai combater no Iraque. De acordo com o Daily Mirror, Harry, de 22 anos, vai comandar uma força de 12 homens na zona de Bassorá, junto à fronteira com o Irão.
O anúncio da partida de Harry para o Iraque surge na mesma semana em que o primeiro-ministro britânico Tony Blair divulgou o calendário para a retirada das suas tropas daquele território.
Harry será o primeiro elemento daquela família real a ir para uma zona de combate desde 1982, quando o Príncipe André serviu o exército na Guerra das Malvinas.


Resta a pergunta: para quando o Dinis Maria na guerra contra os espanhóis?

segunda-feira, fevereiro 19

quinta-feira, fevereiro 15

desemprego

Sinto-me um bocadinho em baixo. Não sei se não estarei a chocar uma... A ver vamos.

Esta notícia no DN de hoje é de facto perturbante:


Governo vai dispensar mais de três mil jovens que em Março concluem os 12 meses de estágio na função pública. A surpresa não está no fim do estágio, que desde sempre esteve anunciado para Março, mas no facto de o Governo ter optado por dispensar a generalidade dos estagiários. Com efeito, apesar das lamentações de muitos dirigentes que gostariam de manter alguns destes trabalhadores, o Governo já deixou claro que não há margem para contratações. Assim, depois da formação e da experiência adquirida, que absorveu 35,6 milhões de euros de verbas comunitárias, todos os jovens vão regressar ao desemprego. É certo que levam consigo experiência profissional, mas ficam de novo sem trabalho. E sem rendimento, pois não têm direito a subsídio. A grande maioria dos estagiários estão afectos aos ministérios das Finanças (783) e do Trabalho (532). Não foi possível obter detalhes da parte das Finanças até à hora de fecho da edição, mas fonte do Ministério de Trabalho especificou que, das 532 vagas iniciais, 70 ficaram por preencher, tendo 28 candidatos abandonado o estágio a meio. Este programa de estágios baseia-se no Decreto-Lei n.º 326 de 1999 e insere-se nas designadas políticas activas de emprego, que, tal como já anunciou o secretário de Estado do Emprego, Fernando Medina, vão ser revistas. É de admitir que na nova arquitectura não haja lugar para este tipo de estágios que, embora contribuam para suprir necessidades de pessoal na função pública, falham o objectivo central da empregabilidade.Segundo o despacho publicado a 2 de Dezembro de 2005, este programa visava, por um lado, fornecer apoio técnico específico a projectos complexos e relevantes para a modernização da administração pública (AP) em áreas de competência em falta no quadro dos agentes públicos existente; mas, por outro lado, pretendia possibilitar aos jovens com qualificação de nível superior ou médio um estágio profissional em contexto real de trabalho que facilitasse e promovesse a sua inserção na vida activa (ver objectivos). Estes estágios garantem um rendimento mensal, acrescido de subsídio de almoço, equivalente a dois salários mínimos nacionais (806 euros) para os estagiários com habilitação de nível superior e de 604 euros para os restantes. No entanto, à semelhança do que se passa com a generalidade dos estágios remunerados, embora descontem para efeitos fiscais, não o fazem relativamente à Segurança Social. Significa isso que os jovens em causa, que a partir de Março estarão no desemprego, não terão direito a qualquer tipo de prestação social.Caso o conjunto de estagiários se inscreva nos centros de emprego, então é de prever um aumento de 0,7% do número de de-sempregados apurados pelo IEFP. O aumento será mais sensível no segmento dos jovens, na ordem dos 5%, e ainda maior entre os que procuram o primeiro emprego, de 10%.




Resta acrescentar que eu sou para aí o número 2998 destes 3000 jovens, licenciados, que conseguiram um ordenado de 840€ durante 12 meses, sem direito a férias, a faltas, ou a subsídios de natal / férias. Mas enfim, felizes ficámos os que o conseguimos porque ao menos pagámos as continhas mensais, né?
Que dizer? O desemprego (sem direito a subsídio, atenção!) está por um fio, preocupa-me muito e deixa-me desgastada. Sinceramente desgastada. À partida esse cenário não se põe mas até ver só tenho palavras vagas, muito vagas.
É definitivamente a geração recibo-verde!


quarta-feira, fevereiro 14

publicidade

Vale muito a pena.

http://omalestafeito.blogspot.com/

Foi o Markl que divulgou no seu blog, que consumo, aliás, diariamente.

terça-feira, fevereiro 13

mar


calma,
mar,
horizonte,
apetecia-me isto
e mais
porque é que a vida é tão cheia de nada?
porque é que na rua me apetece casa e
em casa me apetece rua
carne/peixe
decisões difíceis?
ou talvez não
apenas imperceptíveis
quase inconscientes.
temos vida
temos destino
ou o barulho da barafunda
tão alto que parece tudo
nada.
nada que nos tolde a mente
tudo que nos deixe em paz.
queria mais. todos.
mas tudo é demais, dizem
eu não acredito. não posso
acreditar.
que tudo seja muito
demais.
então para quê carne?
se não tenho o resto?
não. digo-o! não.
quero paz.
e paz é tudo.

a ti, A., peço o tudo.
talvez porque de ti, A., tenho mais que o mar
mais que o horizonte
mais que a calma.
de ti tenho o céu. sereno.
e está tão nublado fora de ti...

segunda-feira, fevereiro 12

Estamos de Parabéns!

E viva o Sim. E viva a modernidade. E viva a Democracia.


Quero deixar apenas 2 notas: em 8.832.628 pessoas recenseadas votaram 3.851.613 pessoas. Os restantes 4.981.015 cidadãos não votaram. Porquê? Não têm guarda-chuva? Não se lembram do que existia antes da CRP de 1976, ou simplesmente dá trabalho? Fico boquiaberta com esta tendência para a omissão total e obstinada de intervenção na res publica. Para mim não há argumento que me convença de que não ir às urnas é um acto racional e que exprime uma opinião sobre o que se vota. Ou melhor, uma opinião sobre o que não se vota. Não encaixo essa. Já sei, que os políticos são todos ladrões, e blá, blá, blá, mas se é assim porque é que os jovens, licenciados, mestrados, doutorados, não querem saber da política? Porque se calhar dá muito trabalho, não é? Pois, tem de se sair do nosso mundo diário e pensar nas coisas, e pelo que percebo, o jovem anda com muita preguiça... e tanta... e tanta...

A segunda nota prende-se com o facto de acima de Coimbra, apenas o Porto ter obtido Sim na resposta à pergunta referendada. Mas será que as mulheres que por lá vivem nunca fizeram um aborto na vida? Desconfio que, tendo em conta os seus maridos machos que fizeram até mais que um, mas que dizer? O senhor Padre disse que votar Sim era pecado... Ai Senhores! É por estas e por outras que eu abomino qualquer religião. Fundamentalista? Talvez. Hipócrita? Nunca.

A rosa SIM e a azul NÃO

sexta-feira, fevereiro 9

Dormir... por favor... dormir!

Todo o meu corpo reclama nesta manhã de sexta-feira. Não sei bem o porquê, mas esta semana pareceu-me ter 15 e não 5 dias de trabalho. Estou a precisar urgentemente de passar algum tempo (mais de 6 horas, leia-se) na minha caminha.


Obs: Onde observa as patas caninas, serão mais felinas, e dois pares....

quarta-feira, fevereiro 7

Dormência

Dormência.
Sinto todo o meu corpo dormente. Parece-me que estou um bocadinho cansada esta semana. Mas nem sequer pode ser do trabalho porque tenho feito pouco ou nada, tirando claro as obrigações mestrandas, que me dão prazer logo não cansam! Será? Se calhar estou um bocadito saturada por em 10 meses ter tido 1 semana de férias. Pois, se calhar é isso. Vai na volta umas férias de 15 dias resolviam o problema. Mas como isso é totalmente impossível, primeiro, porque as férias são para os trabalhadores e eu não preencho esse requisito, depois porque a tê-las elas implicavam não receber nada durante esse período, o que também é totalmente impossível, então continuemos alegremente nesta sonolência.
Um dia, juro que me vou rir desta fase da minha vida... mas por ora só me apetece é ganir!

Acordar tarde

Acordar tarde


Tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva - e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte

procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos - e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais - nada a fazer

irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia

Al Berto



É que hoje acordei mesmo tarde...

segunda-feira, fevereiro 5

Família... às vezes!


Porque me sinto triste? Provavelmente porque à minha volta reina o caos. Andar de candeias às avessas com as pessoas é triste e cansa as mentes mais persistentes. Quem dera que as pessoas não nos obrigassem a isso. Quem dera passar por elas sem as sentir. Quem dera ser um autómato que não pensa e não reage com valores e formas de estar. Poder-se-á dizer que a culpa é nossa. E é. Se não tivéssemos tomado posição tudo seria mais fácil. Mas como ver e sentir sem reagir? É impossível. Pelo menos para mim. Se não acredito nos bons sentimentos, se não acredito nos bons princípios das pessoas, analiso as suas acções. E o que vejo? Uma total e inqualificável falta de escrúpulos. Falo de várias pessoas. Não de uma em particular. Pena é que todas elas sejam tão somente nossos pais. Uns magoam os outros com tamanho desprezo que só posso indignar-me. Sinto-me muito só. Sem rede. Sem aquilo que no fundo constitui o início e o fim de tudo, sejamos ou não sentimentalistas: a família. Bem sei que a família é aquela que nós constituímos. E eu tenho o A. É o meu apoio e o responsável por tudo o que já realizei nestes últimos 2 anos. E foi bastante. Mas, momentos há em que o A. não pode fazer as vezes de pai, de mãe, de uma família que desapareceu no obscurantismo de uma decisão que a todos afectou. Tomara não ter apoiado a felicidade de um com a infelicidade de outra. Tomara. É que a sua decisão tornou uma pessoa profundamente infeliz. Por não preparada. Por inexperiente. Por dependente. De quem é a culpa? Dos valores de antigamente. Da ausência deles no dia de hoje. Preso por ter cão e preso por não ter. Mas o que é facto é que por mais que tente afastar-me das confusões, sinto a falta de um convívio que me traga o conforto de uma ilusão de família feliz. E não falo só da minha. Falo da que adquiri por afinidade também. Sei que o A. não está bem com isto. Mas também sei que a sua preserverança vencerá sempre e que só fará aquilo que sente como certo, para si, para os outros. Por isso, fiquemos assim. Isolados. Nada posso fazer. É deixar que as acções venham ao de cima e com elas as mais sórdidas motivações. Nessa altura poderemos sempre dizer: «afinal tinhamos ou não tinhamos razão?»

sexta-feira, fevereiro 2

cozinhar




Deixo-vos só isto:

Bata as gemas com o açúcar até obter uma mistura cremosa e esbranquiçada. Junte a manteiga amolecida e o chocolate derretido em banho-maria. Bata muito bem. Bata as claras em castelo forte e junte ao creme de chocolate, envolvendo bem sem bater. Divida a massa em duas partes. Leve uma ao frigorifico. À outra parte da massa junte a farinha envolva bem e leve-a a cozer numa forma untada de manteiga e polvilhada com farinha cerca de + ou - 30 minutos, convém verificar. Quando o bolo estiver cozido, retire-o desenforme e deixe arrefecer.Depois de frio cubra-o com uma espátula com a mousse de chocolate. Decore com raspas de chocolate.

E isto é só a sobremesa....

Samouco, dia 3, às 20h.

quinta-feira, fevereiro 1

Todos diferentes... todos iguais!

HEY! YOU! ARE YOU AN AFRICAN? I FOUND BECAUSE YOUR HUGE NOSE....