É estranho. A sensação de que tudo anda mas alguns ficam parados algures, sem capacidade de dar a volta e recomeçar. Na sexta-feira jantei com antigas colegas de trabalho. Antigas para mim, porque elas continuam colegas. Não que isso por si seja negativo. Eu própria sinto uma eterna saudade de momentos que passámos juntas. Sinto que sou o fruto daquele ambiente, daquela conquista permanente por ser alguém num mundo difícil. Mas há um momento das nossas vidas em que temos de saltar fora. Foi o que fiz. Mesmo que outras razões não existissem, porque teria sempre necessidade de experimentar outras coisas. É um sentimento que sempre me acompanhou. Por isso, apesar de tudo, conquistei o que era possível conquistar, enquanto por lá fiquei. E foram 7 anos. Mas agora não sinto saudades do vício que aquela atmosfera incute. Libertei-me. É mesmo essa a palavra. Libertei-me de uma vida que não me preenchia, porque há muito sabia que não ía ser diferente. Porque não foi para aquilo que nasci. Porque sou mais feliz fora. Apesar do stress diário que é não saber o que vai acontecer amanhã, isso alimenta-nos a capacidade de nos completarmos com as pequenas conquistas. E essas conquistas podem ser tão só ter o gosto de trabalhar por um dia naquilo que estudámos, com sacrifício e paixão.
A vocês, que sei que me lêem, não fiquem, saiam para um mundo cá fora que vos espera, quanto mais não seja porque há outras vias, há cabos a serem contornados, há adamastores a serem vencidos e porque, apesar de provavelmente não terem noção disso, aí não serão felizes porque as mágoas não se apagam e sinto-as em vocês tal como as sentía em mim.
À F., que de todos sempre foi a única a acreditar neste projecto, desejo toda a sorte do mundo, ainda que saiba que muito passará até chegar sequer perto do que merece. Mas é o caminho que a faz feliz. Que o percorra então.
Fica o meu obrigada sentido, pelo que me deram, não só vocês, mas todos os que comigo viveram esses longos anos de maturação para a vida adulta.
A vocês, que sei que me lêem, não fiquem, saiam para um mundo cá fora que vos espera, quanto mais não seja porque há outras vias, há cabos a serem contornados, há adamastores a serem vencidos e porque, apesar de provavelmente não terem noção disso, aí não serão felizes porque as mágoas não se apagam e sinto-as em vocês tal como as sentía em mim.
À F., que de todos sempre foi a única a acreditar neste projecto, desejo toda a sorte do mundo, ainda que saiba que muito passará até chegar sequer perto do que merece. Mas é o caminho que a faz feliz. Que o percorra então.
Fica o meu obrigada sentido, pelo que me deram, não só vocês, mas todos os que comigo viveram esses longos anos de maturação para a vida adulta.